quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Imagine - Louis Tomlinson - Capitulo 6 ~~Book Of Me e You~~

Na manhã seguinte, me juntei à Aurea e Harry no café da manhã.
- Olha amor, eles disseram que eu estava radiante ontem. – Aurea sempre olhava as notícias que a envolviam durante a manhã, no seu iPad – Radiante!
- Bom dia – Falei sonolenta.
- Bom dia – Aurea disse sorrindo. Ela ainda estava radiante, se eu podia dizer algo.
- Bom dia! Tudo bem? – Harry perguntou – Ressaca?
- Um pouco de dor de cabeça, mas acho que não é por causa da bebida – Falei com um sorriso fraco.
- O Harry me falou que Louis estava aqui quando nós chegamos, vocês conversaram?
- Não. Ele só ficou me olhando com aquela cara de decepção ou algo assim. – Atirei meu pão de volta para o prato.
- Ele não está decepcionado, ele está chateado. – Harry entrou em defesa do amigo – Você está saindo da cidade, saindo da vida dele.
- Não está sendo fácil pra mim também, Harry , mas ele parece nem se importar.
- Desculpa amiga, mas depois disso, vai ser difícil ele achar que você ainda se importa. – Ela em estendeu o iPad dela, me mostrando algum site de fofoca.

Trocando de negócio
Noiva de Louis Tomlinson é vista em clima de romance com Robert Pattison. Cansada de músicos?

Uma foto minha e de Robert de mãos dadas com uma resolução horrível estampava a matéria.
- Ele só estava me guiando de volta para a mesa. – Falei bufando, retornando o iPad dela – De qualquer forma, meu voo para Chicago é em algumas horas, não vou me preocupar com isso agora.
- Isso é só fofoca barata pra vender revista e bagunçar a vida das pessoas – Aurea continuou lendo as manchetes do dia.
- Você já avisou seus pais que está indo? – Harry me perguntou enquanto dava morangos para a sua mulher.
- Sim, eles vão me buscar no aeroporto – Falei.
- Certo, você quer que eu te leve? – Aurea se pronunciou. – Posso deixar seu carro aqui na nossa garagem ou levar pra casa de Louis, o que você achar melhor.
- Pode ser o que você achar mais fácil. – Falei agradecida, não havia pensado no que fazer com o carro, não havia pensando em nada para dizer a verdade, fazer as coisas impulsivamente parecia melhor.

Horas depois, estava no avião, olhando pela janela Phoenix, a cidade que eu escolhi para viver com o meu futuro marido, ficar minúscula, bem como as chances de eu me casar em três meses e duas semanas. Fechei os olhos, pensando em todos os lugares que teria que ligar e cancelar, todas as pessoas que eu deveria avisar, como eu teria coragem de encarar todas aquelas pessoas de novo? Minha mão foi automaticamente para o meu dedo anelar, e o vazio causado pela falta do meu anel de noivado me deixava ainda pior.
Três horas depois, a voz da aeromoça me tirou de meus pensamentos, havíamos pousado em Chicago. Assim que pisei no pátio do aeroporto, senti o cheiro da minha cidade e meu desejo de nunca mais sair daqui bateu forte em mim. Fui para a área de desembarque esperando minhas malas chegarem. Alguns minutos de espera e elas começaram a aparecer na esteira. Com alguma dificuldade finalmente avistei a minha segunda mala e esperava ela chegar mais perto de mim, quando vi um cara a pegando alguns metros antes de mim.
‘Que cara de pau’, pensei, ele acha que vai roubar a minha mala? Empurrei meu carrinho até ele e fiz a minha cara mais séria.
- Hey, essa mala é minha. – Eu disse, não tentando acusá-lo de nada, mas ao mesmo tempo sem deixar dúvidas.
- Acho que não, você pode ler aqui – Ele estava cheio de si e tinha um tom meio orgulhoso. Pegou o identificador da mala (que nesse momento eu já não tinha certeza se era mesmo minha) – Sarah.
- Então há menos que você tenha o mesmo nome que eu, isso quer dizer que essa mala é minha. – Disse sorrindo enquanto o via corar. Estava amistosa, porque primeiro, ele não era um ladrão, segundo, me poupara do trabalho de tirar minha mala da esteira.
- Isso seria uma coincidência bizarra, não acha? – Ele colocou minha mala no meu carrinho – Só um instante – Ele disse antes de puxar a própria mala da esteira (a certa agora) e verificar o nome dele no identificador – Thomas, agora sim, desculpe por isso. – Ele coçou os cabelos loiros e voltou a corar levemente. Thomas pôs a sua mala no meu carrinho também e começou a empurrá-lo.
- Ah, obrigada – Eu disse, o acompanhando até o corredor de desembarque.
- É o mínimo que posso fazer depois de quase roubar sua mala. – Ele disse – Talvez te pagar um café?
- Por que eu acho que não é a primeira vez que você faz isso? – Disse sorrindo para ele, que gargalhou.
- E aí, você é de Chicago ou está visitando? – Notei que ele não respondeu minha pergunta – Você me parece familiar.
- Sou daqui, mas moro em Phoenix há alguns anos. – Disse enquanto mergulhávamos na confusão de pessoas pelo saguão do O’Hare, me lembrando do porque ele ser o segundo aeroporto mais movimentado do mundo – E eu também tenho a sensação que te conheço de algum lugar...
- Vidas passadas, quem sabe? – Ele falou rindo - E o café, está a fim de tomar alguma coisa?
- Na verdade, meus pais vieram me buscar, então acho que não vai dar. Aliás, tenho que ir – Eu disse, estávamos próximos do lugar onde havíamos combinado de nos encontrar.
- Ah, certo – Ele tirou a mala dele do meu carrinho - Se você estiver pela área do Lincoln Park, passe pelo Cherrybomb Café, eu to lá todo dia, te pago um café.
- Hm, certo – disse sorrindo – Bom, foi um prazer, Thomas.
- Tom – Ele disse sorrindo – Também foi um prazer, Sarah.
- ] e assim que deitei em minha cama, era como se eu ainda fosse aquela adolescente que estava se preparando para mais um dia de Bamboozle com as amigas. Amigas, tinha que ligar para Chelsea, ver como ela estava.
Peguei meu telefone e liguei para ela, combinamos que ela viria pra minha casa imediatamente, para colocarmos a conversa em dia. Ela já sabia que eu havia cancelado o casamento e tudo mais, mas não havia dado nenhum detalhe nem nada do tipo.
Era tão engraçada a diferença de vidas que eu levava em Phoenix e em Chicago. Aqui eu era mais uma garota, cheia de sonhos e correndo atrás do que queria e minha melhor amiga era corretora de imóveis enquanto que em Phoenix eu era a mesma garota, mas com um fotógrafo correndo atrás de mim, com garotas pedindo fotos minhas [só porque eu era noiva de Louis, na verdade, aposto que nenhuma delas ia querer fotos com a jovem prodígio da culinária norte americana] e minha melhor amiga era uma atriz de Hollywood. A calmaria me fazia bem, era dela que eu precisava naquele momento.

Continua ...

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