Eu havia prometido a minha
mãe que hoje eu sairia com ela, já fazia alguns dias que estávamos
em Sidney na Austrália, eu nunca fui de sair com a minha mãe, não
que eu não gostasse mas era porque ela era muito diferente de mim,
mau gostava das coisas que eu gostava e isso fazia com que eu não
saísse com ela. Mas como prometido eu disse que sairia com ela hoje,
na verdade estou viajando, eu moro no Brasil, porém minha prima que
por incrível que parece agora tem a mesma idade que eu, fez
aniversário e de presente minha mãe deu essa viagem a ela, e para
que eu não ficasse chateada me trouxe também. Mas pra falar a
verdade eu preferia ter ficado no Brasil, afinal a ideia da minha mãe
hoje era levar a gente a um clube aquático, porém eu não gosto de
água, eu gosto de tomar banho mas entrar na água em piscinas eu não
gosto, não por ser publica e todo mundo usá-la, mas é porque eu
não me sinto atraente com o meu corpo sendo mostrado a todos e tenho
um pouco de vergonha do meu corpo, eu nunca me cuidei que nem a minha
prima, preocupada com o que come, come pouco ou coisa do tipo, eu
simplesmente como o que aparece na minha frente, sem saber o quanto
de caloria tem ou glúten ou sei lá. Então era por isso que eu
tinha vergonha de expor meu corpo em publico e por isso eu não vou
tirar minha roupa nesse clube, espero que minha mãe aceite numa boa.
Eu: Mãe? Que horas vamos?
-perguntei após me sentar no sofá com um livro na mão.
Mãe: Já estamos indo, sua
prima está passando chapinha.
Eu: Mas ela vai entrar na
água. -revirei os olhos.
Prima: Mas eu quero passar
chapinha.
Revirei mais uma vez os
olhos e nem li o livro e já o fechei jogando no sofá, tirei meus
sapatos e encostei minha cabeça no braço do sofá, e fechei os
olhos querendo simplesmente relaxar.
[…]
-Acorda encosto. -ouvi
alguém me balançar, abri os olhos e vi que minha prima estava ali,
levantei e medi ela de cima abaixo, ninguém sabe como eu sou chata e
irritante quando me acordam. Respirei fundo e caminhei para a porta e
olhei para atrás novamente e vi a minha prima séria pela minha
reação.
Eu: Mãe, vamos!
Mãe: Sim, pode ir pro carro
eu já vou!
Abri a porta e como eu
sempre fazia eu abria e deixava aberta para que a Malu, ou Maria
Luíza passasse, mas dessa vez eu abri a porta e fechei assim que sai
ainda senti a briza que rebateu na porta tocar as minhas costas, e
ainda pude ouvir Malu dizer “ai SeuNome” baixinho, dei ombros e
corri até o carro, sentei na frente, abaixei o vidro e apoiei meu
queijo na porta olhando lá fora, e lá estava a Malu descendo, com
um sapato de salto, um vestido florido com rendas (www) e eu aqui de
tênis, camiseta e short (www), fiz uma careta sem a minha prima ver,
ela entrou no carro e eu comecei a envenenar.
Eu: Você vai levar o
vestido, ou o vestido vai te levar? -ela me olhou como se não
tivesse entendido- Para que um vestido de renda e um sapato de salto
e um cabelo bem penteado se você vai para um clube?
Malu: SeuNome ao contrário
de você eu quero ficar com alguém nesse clube.
Eu: Cara, se pra eu ficar
com alguém eu tenho que me vestir que nem você eu nunca vou ficar
com ninguém.
Malu: Com essa sua cara feia
quem vai te querer!
Eu: Querida Maria Luíza, a
minha cara feia pode ser concertada com alguns quilos de maquiagem e
a sua que nem com maquiagem fica melhor.
Mãe: Parem com isso
meninas.
Me virei para a frente
sorrindo vitoriosa enquanto minha mãe entrava no carro após colocar
todas aquelas coisas que eu nem sei o que era no porta-malas, ela
jogou a bolsa dela no meu colo e junto o meu livro do Harry Potter que eu já tenho a cinco anos que eu leio toda vez
que to chateada ou irritada com algo, só as palhaçadas do Rony pra
me fazer sentir bem.
Fomos o caminho todo em
silêncio eu fui tentando ler mas passava mau por causa do perfume da
minha prima ela tinha passado muito e tava me fazendo passar mau e
dai se eu continuasse lendo eu ia vomitar o que não aconteceu por
sorte.
[…]
-SeuNome me ajuda aqui.
-minha mãe mandou assim que eu desci do carro.
Eu: Só eu, mas e a Malu?
-disse indo ajudar a minha mãe.
Mãe: Malu vem ajudar a …
Mas cadê essa menina?
Ela tinha sumido da nossa
vista, olhei em volta e nada de encontrar ela o que estava muito
estranho, não na verdade não estava, vindo da Maria Luíza tudo é
estranho. Ajudei minha mãe com as coisas na verdade era uma cesta de
comida que não seria novidade a minha mãe fazer isso para
economizar dinheiro, e uma mochila com protetor solar, óculos,
toalha, brincos, calcinha, absorvente, e umas coisas a parte. Fui
caminhando devagar e passamos pela catraca que tinha logo na entrada
e todo mundo me olhou, a qual é vão falar “Olha lá a menina de
camiseta preta no sol” Vou começar a olhar pra todo mundo feio, na
verdade não ia muita gente falar porque não tinha muita gente, era
dia da semana e a maioria das pessoas estavam trabalhando, não
perderiam o sagrado tempo delas em um clube, mas minha mãe é
diferente. Entramos e eu seguia a minha mãe enquanto a gente
procurava a Malu, encontramos ela em frente a uma piscina ela estava
sentada em uma daquelas cadeiras que ficam do lado da piscina, o
espaço era todo aberto então ali tinha a entrada para a piscina e
do lado tinha uma sorveteria, tinha um restaurante tudo no mesmo
espaço, era legal.
Mãe: Malu, porque saiu com
tanta pressa?
Malu: O presente de
aniversário é meu né? Deixa eu aproveitar? -coloquei as coisas no
chão e comecei a olhar em volta.
Mãe: Você tá certa.
-revirei os olhos e continuei olhar o lugar.
Me virei para olhar atrás
de mim e uma menininha deveria ter seus dois anos, estava andando com
os braços abertos até a ponta de um muro ali. Eu estranhei, olhei
em volta e ninguém parecia olhar pra essa garotinha então eu fui
andando até lá e quase tomei um susto com o tamanho da altura,
minha nossa senhora era alto demais e sem proteção, ou talvez tinha
proteção se os pais ficassem de olho em seus filhos, segurei a
garotinha pela cintura e a tirei da ponta ela soltou um gemido e eu
logo a virei no meu colo e ela sorriu pra mim.
Eu: Oi! -ela não me
respondeu.- Cadê seus pais?
Ela me olhava sorrindo como
se não tivesse entendido, eu falei o meu melhor inglês possível,
olhei em volta e desci da escadinha que dava em direção ao muro e
fiquei parada com a criança no meu colo, agora ela brincava com o
meu cabelo, eles estavam levemente cacheados e ela enrolava ele com
os dedos, ela não era pesada mas estava um pouco molhada e cheirava
a morango contando que eu odeie morango. Aproximei da minha mãe e
ela me encarou desesperada.
Mãe: O que faz com essa
criança?
Eu: Ela tava bem ali na
pontinha do muro. -disse apontando pro muro- Achei que ela fosse cair
e a tirei de lá, você tinha ver a garota com os braços abertos bem
na ponta do muro, eu fiquei com medo dela cair.
Mãe: Oi linda, cadê seus
pais? Sua mãe? Seu pai?
A garotinha gargalhou, uma
gargalhada linda e logo depois fez um careta muito engraçada com a
língua para fora da boca e riu e falou baixinho.
-Banana!
Minha mãe gargalhou e eu a
encarei estranhamente, quem ensina uma garota dizer
Banana
? E logo
depois ela disse “HAZZA” que diabos é Hazza? Minha nossa.
Eu: Seu pai quem é?
Agora sim ela havia
entendido, ela sorriu pra mim e tocou meu nariz e olhou em volta do
lugar e apontou para um garoto de boné preto, com um Ray Ban também
preto e ele tinha um monte de tatuagem no corpo, um tanto estranhas,
mas pra ele deveria ter um significado né, não devo criticar, esse
mesmo garoto falava no telefone, então foi por isso que a garotinha
estava perdida aqui quase caindo de um muro tão alto quanto esse,
suspirei fundo e caminhei até lá com a garota no colo.
Eu: Qual seu nome?
-conversei com ela.
-Lux.
Eu: UAU, no meu país seu
nome é marca de sabonete. -ela riu mas com certeza não havia
entendido.
Subi uma rampa que dava
direção a esse garoto, talvez o pai da Lux, se esse for de verdade
o nome dela, passei por uns caras que mexeram comigo, mas que droga!
Parecem que nunca viram um short curto antes, olhei para a minha mãe
e ela conversava com a Malu que já estava de biquíni e com os
cabelos soltos e liso, revirei os olhos e continuei caminhando,
cheguei atrás do menino e pedi para que a Lux cutucasse ele, mas ela
não fez isso deu logo um tapa nas costas do menino que foi pra
frente por causa do impacto, gringos que não tem costume de ficar no
sol.
-Espera ai Lou eu já pego a
Lux, me deixa falar com a minha mãe rápido. -ele disse sem ao menos
se virar.
Eu: Tá, eu vou colocar ela
no chão, não tenho paciência pra ficar esperando, com licença.
-coloquei a Lux no chão e rapidamente esse garoto virou me olhando.
-Espera. -ele disse olhando
pra mim assim que coloquei Lux no chão.- Por quê... por que você
tá com ela?
Eu: Porque você não cuidou
dela e ela foi parar lá naquela ponta. -apontei para aonde ele
estava antes.
-Oh Jesus! Sério? Por favor
me desculpe te fazer trazer ela aqui, eu falei para a mãe dela
cuidar dela mas ela desapareceu com o Tom. -ele disse, mas não
precisava se explicar.
Eu: Tá bom, mas toma
cuidado com ela tá, se pelo menos a mãe não cuida o pai tem que
cuidar. -ele gargalhou.- O que foi? -perguntei confusa.
-Não sou o pai dela, eu sou
o padrinho. -ele sorriu, que sorriso bonito o dele.
Eu: Ah entendi, desculpe,
não que você seja velho pra ser pai dela, mas eu deduzi que você
tem mais de 20 anos pelas tatuagens e não tem idade pra ser pai né?
-ele fechou o sorriso.
-Na verdade eu tenho 19
anos, e com certeza pra ser pai não precisa ter uma idade certa, só
encontra a pessoa certa, o amor verdadeiro. -eu ri- O que foi?
Eu: Você falando dessa
história de amor verdadeiro, como se você realmente procurasse amor
verdadeiro, tenho quase a certeza que você fica com qualquer garota
por ai.
-Na verdade não mas sim.
-eu o encarei confusa e olhei para a minha mãe, ela estava de
biquíni e tinha uns homens olhando pra ela.
Eu: Eu... eu preciso ir,
minha mãe tá só de biquíni ali e tem uns caras olhando pra ela.
-o garoto olhou pra onde eu olhava.
-Nossa senhora quem é
aquela loira do lado dela?
Eu: Minha prima... PERAI, TÁ
VENDO SÓ. -eu gritei e ele riu- Não disse. -cruzei meus braços.-
Amor verdadeiro, nem eu mais acredito nisso. -revirei os olhos e
abaixei até a Lux.- Tchau bebê mais linda do mundo, se eu fosse
você ia atrás dos seus pais, porque seu tio não tá cuidando nem
dele mesmo imagina de você. -dei um beijo na ponta do nariz dela e
levantei e ela agarrou minha perna.- Lux? -perguntei perplexa.
-Solta ela princesa. -ele se
abaixou ela e ela me soltou- Parece que ela gostou de você. -eu
sorri e a Lux se inclinou pra me dar um beijo- Qual seu nome?
Eu: SeuNome. -dei um beijo
na lux.- Até mais Lux.
-O meu Harry obrigado por
perguntar.
Sorri pra ele e coloquei
minhas mãos no bolso e desci enquanto a Lux se esperneava no colo do
Harry, nome bonito também! Passei por aqueles homens e ouvi o Harry
dar um assovio e todos olharam pra ele e inclusive eu e ele acenou
pra mim e a Lux tentou imitar o seu aceno. Eu sorri e continuei
descendo chegando perto da minha mãe, ela me encarou sorrindo e
maliciosamente.
Eu: O que foi? -me sentei na
cadeira empurrando minha cabeça pra trás e deixando o sol bater
somente nas minhas pernas.
Mãe: Tá com
romance
novo.
Eu: Mãe, claro que não.
Malu: Que ótimo. -porra
garota, tu pode parecer o capeta mas assustar as pessoas é um pouco
demais.- tô afim dele. -ela disse e se inclinou até a mim pegando a
bolsa que estava do meu lado e empinando a bunda pro Harry que olhava
pra nós, revirei os olhos e olhei para a frente.- Tem problema
SeuNome, você pode me apresentar ele? Vocês são amigos né?
Eu: Não! -disse com um
toque de ciúmes, mas.
Malu: Nossa SeuNome, olha eu
vou ali colocar meus pés na água, mostrar minhas pernas pra ele
caso você mude de ideia. -ela sorriu e foi andando até lá.
Eu: VADIA, VADIA! -eu disse
enquanto dava socos na cadeira.
Mãe: Filha. -eu a encarei-
Por favor! É aniversário da sua prima, você mesmo disse que não é
um romance novo.
Eu: Mãe, eu to cansada da
Maria Luíza fazer tudo o que eu queria fazer, ela ganha viagem de
aniversário, é mimada por todos da família, sempre quando tem um
garoto por perto ela consegue ficar com ele, ela sempre consegue o
que quer, sempre é elogiada por ter o melhor cabelo, por não ter
espinhas no rosto ou por ser a com o corpo mais bonito, eu sei que
sou bonita do meu jeito, mas pela primeira vez eu não poderia ser
melhor que ela em alguma coisa? Pelo menos em alguma coisa?
Mãe: Você tá dizendo ser
melhor em ser amiga daquele moleque ali? -ela apontou pro Harry.
Eu: Não isso mãe, eu
queria que pelo menos uma vez na vida você olhasse pra mim e falasse
que eu sou bonita do jeito que eu me visto não que eu pareço um
menino, sei que as minhas roupas não são rosas, coloridas ou com
rendas, mas eu queria pelo menos que você me aceitasse do jeito que
eu sou. Ah e pra constar sua sobrinha deve ser mais bonita que eu pra
você né?
Mãe: Filha você é a mais
bonita pra mim, mas você sabe que eu odeio egoísmo!
Eu: Ah qual é mãe? Você
ao menos sabe o que essa palavra significa? A todo momento aquela
garota é egoísta comigo e a única coisa que você me fala é “Não
arrume confusão com a sua prima” Mas que porra eu to cansada de
ter que aguentar tudo calada, to cansada de ver as pessoas sendo
melhor que eu, pisando em mim e eu não falando nada, você não me
defende como as mães tem o dever de defender, então eu espero que
você adote a Maria pra você porque eu não quero ser sua filha.
Levantei do meu banco e o
meu cabelo soltou, ah esqueci de dizer eu tinha o amarrado assim que
peguei a lux, e o prendedor era um presente do meu pai, mas não faz
importância, eu subi uma rampa que dava direto pra uma vista pro
mar, me sentei no muro que era bem alto e fiquei olhando pro mar,
segurando a minha vontade de chorar, apenas olhando o mar, eu queria
ir pra bem longe, talvez para um lugar aonde ninguém me veja ou me
ache, sempre na minha família foi assim, a Malu é adotada então
ela tem sempre motivos de ser a queridinha “Mas é porque ela não
sabe quem é a mãe dela que a gente tem que dar carinho porque ela
pode entrar em depressão” “A Malu não quer ser melhor que
ninguém, ela tá se conhecendo primeiro.” “A Malu te bateu
SeuNome? Mas ela não faria isso, vocês são primas tão unidas”
Eu estava na minha pior, minha mãe estava na cadeira me olhando
enquanto aquela vadia estava na ponta da piscina olhando pro Harry.
Eu olhei pra ele e ele
brincava com a Lux sentado aonde ele estava apoiado quando cheguei
para levar a Lux. Ele era tão carinhoso com ela e os meus problemas
não sumiram mas eu não pude pensar em outra coisa a não ser o
carinho que ele dava a ela, e aquelas palavras do Harry de que “Amor
verdadeiro” existisse eu pelo menos agora estava acreditando que
Harry sim acreditava em Amor verdadeiro, que ele era talvez o cara
que faz com que todas as garotas se apaixone, mas que ele se apaixone
por somente uma garota. Derreti-me literalmente ao ver ele beijando a
ponta da testa dela.
Eu sorri automaticamente e
sequei talvez a última lágrima que estava escorrendo do meu rosto,
continuei olhando pros dois sem ligar pra quem me olhava ou não,
apenas sorrido e vendo o carinho que ele tinha por ela. Vi ela se
soltar dele e olhar na minha direção.
Eu abaixei a cabeça
rapidamente e fingi mexer no meu short somente pra disfarçar,
levantei a cabeça e olhei para a piscina e a Malu não estava lá,
corri meus olhos por todo aquele lugar, me levantei me apoiando em um
corrimão enquanto procurava por ela e lá a encontrei subindo a
rampa na direção do Harry, ela tinha colocado um macacão, mais um
de seus macacões estranhos, enquanto eu prestava atenção na Lux e
no Harry.
[…] Já fazia mais de 10
minutos que os dois estavam conversando em pé, ele sorria e eu
apenas encarava com uma expressão não muito boa, talvez porque eu o
conheci primeiro, ou talvez por raiva talvez agora eu estava
entendendo o porquê da Malu sempre fazer as coisas sempre contra
mim, ela não gosta de ver o quanto eu sou melhor que ela. Mas... ela
sempre conseguia o que queria e eu nem metade, então não entendo
ainda.
Vi o Harry dar um passo e
assim ela deu também e os dois começaram a andar um do lado do
outro eu estava bem até ver que ele sorriu pra ela, um sorriso
lindo, um sorriso que ele só havia dado a Lux quando ela prendeu a
minha perna.
Eu: Caí na real SeuNome,
porque você está prendida nesse moleque? -falei em voz alta e olhei
pro céu- Deus porque faz minha vida ficar cada vez mais difícil.
Dirigi meus olhos a direção
de ambos eles desciam a rampa em direção a piscina, eles dois
pararam lá e Harry gargalhou de algo, respirei fundo e continuei
olhando, olhei para a minha mãe e ela estava deitada com o sol
batendo em seu corpo todo, Malu tirou seu macacão, onesie, ou sei lá
como se chama aquele troço. Ela se abaixou então eu notei uma
mancha vermelha no biquíni branco dela, arregalei meus olhos e então
vi Harry empurrando a Malu dentro da água, e logo toda a água
transparente ficou vermelha fazendo com que as pessoas que estavam lá
gritassem e saíssem da água fazendo alvoroço, coloquei a mão na
boca e vi a Malu tirando a cabeça pra fora da água vermelha minha
mãe correndo pra ajudar e Harry?
Senti um briza gelada no meu
rosto e logo depois me senti sendo puxada por alguém, eu não pensei
duas vezes apenas corri junto com a pessoa, não corria muito rápido,
era Harry. Harry me puxava, mas por quê?
Ele parou assim que saímos
do portão, eu o encarei e ele ria, ou melhor gargalhava que nem uma
criança feliz. Ele parou de rir e respirou fundo, me encarou tirando
os óculos. MEU DEUS QUE OLHOS LINDOS, VERDES OLHOS LINDOS... PURA
ESMERALDA.
Pisquei algumas vezes para
ver se aquilo era real, cheguei a senti a mão de Harry bater no meu
nariz.
Harry: Acorda neném.
Eu: Seus olhos.. são
lindos!
Harry: Eu sei. -cerrei os
olhos.- Mas esse não é o assunto, vamos embora! Eu não tenho
dinheiro mas eu posso conseguir qualquer coisa, vamos comigo?
Eu: Harry eu mal te conheço.
Harry: Mas eu sei como é a
sua vida, a minha é igual, tá eu não sei o português mas eu sei
que você discute com a sua mãe, você tem uma prima vulgar e pela
minha mera inteligência eu entendi que você é a excluída da
família e a sua prima é melhor que você!
Eu: Ela não é melhor que
eu.
Harry: Ok, o assunto é, na
minha família é igual.
Eu: Você humilha um primo
seu né, quem vai querer humilhar você?
Harry: Se você quiser ir
comigo, vai ter tempo de saber disso, bom e eu não faço as minhas
tatuagens a toa, elas tem um significado talvez parte dos problemas
que eu passo na minha família seja metade das minhas tatuagens.
-fiquei em silêncio- Eu quero ir com você, porque você parece ser
que nem eu, você sabe como eu me sinto, e eu sei como você se
sente, você tem atitude e toda a amizade que eu preciso. -ele
colocou a camiseta que segurava.
Eu o encarei, respirei
fundo, não sei se estava sendo certa, não sei estava fazendo a
melhor escolha, mas talvez Harry faça bem pra mim, ou talvez seja só
uma loucura aonde eu vá me enfiar aonde eu posso me arrepender,
mas... eu sou adolescente eu tenho que confiar, se eu me arrepender
eu reinicio o jogo e faço tudo de novo.
Eu: Harry como você sabia
que a minha prima tava menstruada? -ele revirou os olhos, tá não
era a pergunta pra hora mas eu tinha que ter tempo pra pensar.
Harry: Quando eu disse
“Nossa senhora quem é aquela loira do lado dela?” Eu ia falar
“Nossa senhora aquela loira tá Menstruada” mas vai que você
ficasse irritada então eu falei aquilo.
Eu: Você é mau. -empurrei
ele e ele riu.
Harry: Bom, pelos meus
cálculos, nós temos mais alguns minutos para fugir daqui, correr
para um lugar longe, só eu e você, antes que sua mãe venha atrás
de você e você nunca mais me veja! E então SeuNome? Eu sei que não
me conhece mas foge comigo? Eu lhe mostrarei o amor verdadeiro que
você não conhece, eu ficarei com você, ficarei ao seu lado, só
diga sim, diga que vai fugir comigo?
Respirei fundo e sorri,
Harry pegou na minha mão e começou a me puxar para corrermos dali,
não sei como viveríamos, só sei que arrisquei tudo pra ficar ao
lado de um cara que eu mal conheço, só porque ele me disse que iria
me mostrar o amor verdadeiro, e aqui entre nós eu estou preparada
para experimentá-lo.
Divooooo *-* parabens
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