sábado, 25 de maio de 2013

Imagine com Louis Tomlinson

- Louis me solta – Falei entre risadas.
- Agora você pede desculpa – Subiu suas mãos para o meu pescoço fazendo cócegas.
- Não – Murmurei – Você mereceu.
- A é – Riu – Vou me lembrar disso.
Apenas ri e pedi para ele sair de cima de mim.
- Eu vou me vingar – Disse ele.
- Foi só um banho de água gelada, Lou – Provoquei.
- Só? Eu posso ficar doente – Falou indignado – Além do mais não posso ficar sem voz.
Bufei.
- Não começa com o drama.
- Vamos lá em casa? – Louis me perguntou.
- Fazer o que? Não posso fica muito tempo lá – Respondi.
- Jogar, comer, fazer alguma coisa – Riu – Mas o que a senhorita não vai poder curtir à tarde com seu melhor amigo gostoso?
- Comer – Ri – Lembrei do Niall agora.
- Foca na minha pergunta – Disse sério agora.
Estranhei essa repentina mudança de humor, mas na verdade é que eu não queria falar o motivo, é constrangedor.
- Não – Respondi – Não é nada que interesse a você.
Ele bufou e me olhou um pouco irritado.
- Sou seu amigo, porque não vai me interessar? – Perguntou.
- Eu sei, mas eu não quero falar – Respondi.
Ele desistiu e suspirou.
- Tudo bem, esquece isso. Vamos – Falou calmo.
Bom, fiquei um pouco confusa, mas deixei passar, sempre que eu não quero contar alguma coisa para ele, ele simplesmente fica me enchendo de perguntas até eu responder, o que dessa vez não aconteceu.
Saímos do pátio que tinha no grande prédio em que ele também morava. É, somos vizinhos, e sim, sou vizinha de um famoso. Meio complicado, e também nunca esperei que um dia fossemos virar amigos. Eu sempre pensei assim até que um dia ele venho puxar papo comigo.
Sai de meus pensamentos quando entramos em seu apartamento, que ao contrário do meu, é maior e mais aconchegante. Me atirei no sofá e perguntei:
- Então, o que vamos fazer neste exato momento?
- Que tal fazer aquela brincadeira em que eu pergunto e você responde? – Cínico.
O olhei irritada.
- Louis Tomlinson não insista, eu não vou falar – Respondi irritada.
- Vai sim, eu vou te obrigar a falar – Disse.
- Para Louis – Me exaltei.
Ele me encarou um pouco assustado, mas depois voltou à mesma expressão de antes.
- Eu já disse que não vou falar e pronto. O assunto é comigo não é com você, para de ser teimoso.
- Mas eu ainda vou descobrir – Respondeu.
Levantei do sofá e pulei em cima dele, o que resultou uma situação constrangedora. Eu estava em cima dele.
 
- Você está muito teimoso.
- E você tarada – Eu corei – Olha a sua posição – Eu corei mais ainda.
Em um pulo eu me recompus e virei à cara.
- Eu estava brincando baixinha – Começou a dar risada.
- Ei, eu não sou baixinha – Resmunguei.
- É sim – Retrucou.
- Não sou.
- É.
- Não.
- É.
- Não.
- É.
- Não e pronto final.
Fiz biquinho e cruzei os braços.
- Não faz biquinho – Pediu.
- Eu sei que eu fico ridícula fazendo biquinho, mas faz parte do drama – Brinquei.
- Não fica ridícula – Congelei – Bem pelo contrário, fica mais bonita.
Eu corei, fiquei um pimentão e “escondi” minha cara colocando as mãos na frente. Certo, eu gostava dele, mas eu nunca teria chance com ele, o Lou é famoso, ocupado, apenas olharia para mim como amiga afinal o que ele iria querer comigo? Sou estranha.
- Vem, vamos jogar video game – Me puxou em direção a grande sala.
Passamos a tarde inteira jogando e se provocando, Louis me encheu de comida, pensei que eu ia explodir.
- Eu tenho que ir Lou – Falei largando o controle e me levantando.
- Mas já? – Perguntou desanimado.
- É não posso chegar atrasada no meu compromisso – Respondi indo em direção à porta.
- Então é um compromisso? Com quem?
- É só um compromisso, nada importante – Respondi me virando e dando um beijo na bochecha dele.
Ele me abraçou e nos despedimos.
Não sei por que ele queria tanto saber. Na verdade pra mim pagar a faculdade eu trabalho em uma operária, ou seja, ajudo a construir prédios e casas. Eu nunca falei pra ele, tenho vergonha, eu sei que não é uma boa opção mentir, mas é vergonhoso, constrangedor, tinha outros trabalhos, mas não fui eu que escolhi. Mas ai as pessoas se perguntam, se eu tenho que trabalhar pra pagar a faculdade, como eu posso morar num prédio luxuoso e no mesmo lugar que um cantor? Bom, minha avó paga o aluguel com a herança do meu avô, e ele era um homem com bastante dinheiro, e um dia a minha querida avó ofereceu para pagar a minha faculdade, mas eu recusei, ela ia gastar muito e eu queria que ela guardasse para coisas mais importantes.
Certo dia eu tive que recorrer ao meu pai que é agora é casado com outra mulher, e pedi para ele arranjar um emprego pra mim e ele simplesmente escolheu esse, eu questionei ele sobre isso, mas ele apenas disse que eu precisava me esforçar e ralar pra conseguir as coisas que nem ele na época dele. E eu infelizmente não tive escolha.
Hoje tinha uma obra em um lugar afastado, e esse era meu turno. Quando cheguei em casa fui ao meu quarto e peguei uma bolsa grande, peguei meu uniforme e coloquei lá, apesar de eu ser amiga do Louis, sempre tinha algum paparazzi me perseguindo, eles já haviam criado rumores em que eu e o Lou tivéssemos um relacionamento. E eu não queria que eles me fotografassem vestindo o uniforme de uma operária. O problema era que eu não queria que ele descobrisse.
Coloquei mais algumas coisas na bolsa e sai. Peguei um táxi e quando cheguei lá fui correndo para uma pequena construção que nós fazíamos para guardar as nossas coisas. Como não nunca tinha ninguém lá dentro eu me vesti rapidamente, prendi os cabelos e fui aos afazeres.
Depois de um tempo, eu sai exausta do trabalho, não podia estar pior, no meio dos meus afazeres uma cólica se alastrou, e continua até agora. Meu corpo inteiro estava doendo, e sai sem me importar com o uniforme, com paparazzi, apenas sentei na calçada e fiquei mexendo no celular enquanto esperava o táxi.
Na hora que o táxi chegou, eu senti uma luz na minha cara e quando percebi me desesperei, era uma pessoa que tinha tirado a foto e quando ela percebeu que eu notei, saiu correndo. Eu gritei para ela parar, mas ela não me deu ouvidos.
Droga. Droga. Mil vezes droga.
Entrei dentro do carro e fui para casa. Quando sai do táxi fui correndo para o meu apartamento e me tranquei lá. Fiquei um tempo sentado no chão pensando nas reações do Louis, eu não pude fazer nada para impedir aquela pessoa, e agora era tarde demais.
Levantei e fui ao banheiro, tomei um banho quente e depois vesti uma calça confortável cinza com tons claros e poucos tons escuros, vesti um moletom de cor clara e calcei uma sapatilha simples. Acessei a internet pelo celular e abri meu twitter, naveguei um pouco a procura daquela foto e não achei nada, suspirei tranquila. Sai e deixei meu celular na cômoda ao lado da minha cama. Fiquei pensando e peguei no sono.
Acordei com o barulho do meu celular vibrando, alguém estava me mandando uma mensagem. Olhei pelo retrovisor e vi que Louis me ligou duas vezes e por fim me mandou uma mensagem.
O desespero tomou conta do meu corpo novamente, e eu decidi não retonar e nem ler a mensagem. Apenas fechei os olhos e adormeci novamente.
Depois de ter caído no sono eu levantei e arrumei um pouco a minha casa que estava um pouco bagunçada, comi alguma coisa e sentei no sofá e comecei a assistir TV. Não estava passando nada de interessante, mas qualquer coisa naquele momento me intertia. Me assustei quando a campainha começou a tocar freneticamente.
Levantei e abri a porta um pouco assustada. E fiquei mais ainda quando notei a pessoa que estava a minha frente, Louis. Ele não estava com uma expressão nada agradável. Empurrou-me para dentro do apartamento e entrou.
- Por que mentiu pra mim? Por que não me contou – Perguntou.
- Do que está falando Louis? – Me fiz de desentendida.
- Simples, da sua foto com o uniforme de uma operária – Respondeu – Era esse o seu compromisso? Todos os dias?
- Eu ia te contar...
Fui interrompida.
- Quando? Não precisava ter mentido pra mim (S/N).
Louis nunca foi tão duro comigo. E isso estava me atingindo feio.
- Louis, eu trabalho em uma operária, é vergonhoso, eu tenho certeza que depois disso você nunca mais vai olhar para mim, sou uma garota comum – Falei engolindo o choro – Estranha que trabalha em uma operária.
- Pensou errado baixinha – Me surpreendi – Eu gosto de você do jeito que é, não importa se tem dinheiro ou não, não importa, importa é como a pessoa é.
- Desculpa – Maldita lágrima que caiu do meu olho.
- Não chora baixinha – Me abraçou.
- A questão não é essa Louis – Me afastei – Eu quero que entenda que eu gosto de ti, não como amigo, eu te amo e machuca também o fato de não ser correspondida – Falei.
Ele arregalou os olhos e franziu a testa.
- Pode ir embora? – Falei com a voz embargada.
- Não – Respondeu.
- Louis, por favor – Pedi.
Ele se aproximou e me beijou. Eu não correspondi, eu estava em choque. Ele se afastou e acariciou meu rosto.
- Se eu tivesse suspeitado disso antes teria me declaro antes – Falou – O que eu quero dizer é que eu também te amo, eu sinto a mesma coisa, e quero viver contigo por muitos anos.
- Louis – Sussurrei.
Ele me beijou de novo e dessa vez eu correspondi, era um beijo calmo, cheio de amor, carinho e outras sensações. Levei minhas mãos ao seu rosto e quando nos separamos por falta de ar comecei a distribuir selinhos por todo o seu rosto. Ele me abraçou e me levantou.
- Diz que me ama – Pediu ele sorrindo.
- Posso gritar? – Perguntei brincalhona.
- Pode – Respondeu dando uma gargalhada.
- Vamos na sacada – Ele me levou ainda no colo dele.
- Lou, pode me soltar – Falei.
- Não, só vou soltar quando eu quiser – Respondeu.
Então ele me carregou até a sacada e nós avistamos algumas fãs que sempre ficavam por perto.
- Primeiro eu – Falou e eu o olhei confusa.
- EU AMO A (S/N), MINHA BAIXINHA – Gritou e eu soltei uma gargalhada acompanhada da dele.
- EU AMO LOUIS TOMLINSON, O HOMEM MAIS LINDO DESSE MUNDO – Gritei e logo fui calada por um beijo dele.
Encostei minha testa com a dele e sussurrei.
- Eu te amo.

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