quarta-feira, 15 de maio de 2013

Imagine com Liam Payne

Estávamos eu e o Liam no gramado do colégio deitados conversando.
- Será que seremos do mesmo time? – Perguntei.
- Eu gostaria que sim, não quero ver você tendo um ataque de asma – Acariciou meus cabelos – Nunca se cuida.
- Eu me cuido sim senhor – Levantei um pouco a minha cabeça para fita-lo – Você que fica me cobrando toda hora se eu estou com o meu aparelhinho.
- Não posso me preocupar com a minha namorada?
- Pode, mas eu sei me cuidar direitinho – Deitei minha cabeça novamente em seu peito.
Iríamos ter uma competição com várias atividades e exercícios, era uma “tradição” da escola, todos os anos eles realizam isso. Separam-nos em um grupo de oito pessoas e cada integrante desse grupo realiza uma prova, se marcarmos uma pontuação alta ou chegarmos em primeiro lugar – na corrida – ganhamos. Infelizmente não recebemos nenhuma recompensa, a diretora acha que devemos participar e ter força de vontade sem ganhar alguma coisa em troca, e isso revolta muita gente, mas é obrigatório participar então não adianta questionar.
- Daqui apouco vai bater o sinal – Disse Liam encarando o relógio.
- Eu não quero aula de biologia – Resmunguei.
- Biologia é legal, você só não gosta porque tem um pouco de dificuldade – Respondeu.
- Eu sei.
- Eu já ofereci ajuda e você não quis e quase me atirou um vaso quando insisti – Eu apenas ri me lembrando da cena.
- Eu já pedi desculpa por ter me exaltado.
Ele riu e ficamos mais alguns minutos conversando e aproveitando o intervalo. Logo o sinal bateu e todos os alunos foram para as suas devidas salas. As duas últimas aulas eram de biologia e até que passaram rápido, quando notei o sinal bateu e eu o Liam fomos para a minha casa almoçar.
- Mãe cheguei – Gritei.
- Que bom que venho Liam – Sorriu e me encarou - Filha, não acredito que esqueceu sua bombinha – Disse indignada.
- Eu não ia precisar. As competições começam amanhã – Falei.
- Sua mãe tem razão (S/N), nunca se sabe – Repreendeu Liam.
Bufei e peguei a bombinha que estava na mão da minha mãe e coloquei dentro da mochila.
- Pronto, ela não sai mais daqui – Falei.
- Acho bom madame – Falou – Vamos almoçar
.
Sentamos-nos a mesa e começamos a comer, conversávamos e minha mãe não parava de tagarelar. Assim que acabamos levamos os pratos para a cozinha e eu e Liam subimos pro meu quarto.
- Eu tenho muitos exercícios de biologia para fazer, me ajuda – Perguntei com olhar de pidona.
- Você disse que não queria a minha ajuda e agora quer?
- Por favor, vai ser a única vez.
- Tudo bem – Sorriu – Pegue as atividades e senta aqui do meu lado.
Ele ficou me explicando e me ajudando a fazer os exercícios, tamanha era a paciência que tinha comigo, não é a toa que é o melhor namorado do mundo, foi assim que nos apaixonamos, nunca esqueço. Ficamos uma hora e meia ali e quando acabamos nos jogamos na minha cama e rimos.
- Entendeu tudo? – Me perguntou.
- Agora sim – Respondi – Só você para me fazer entender – E o selei.
Ele me puxou e me beijou calmamente. Ficamos assim por tempo, aproveitando a privacidade, algumas vezes o clima esquentava, mas eu tinha receio de continuar, não estava preparada.
- Filha – Minha mãe abriu a porta e parou quando nos viu abraçados.
Nós interrompemos o beijo e eu corei.
- Desculpe – Pediu constrangida.
- Esquece isso mãe – Falei – Já está saindo para trabalhar?
- Sim, eu só queria pedir um favor, lava a louça pra mim?
- Claro – Respondi.
- Então estou saindo. Até mais tarde – Se despediu e saiu.
- Que vergonha – O abracei e deitei minha cabeça em seu peito.
Ele riu.
- Não ri de mim – Resmunguei.
- É proibido rir agora?
- É proibido rir de mim – Respondi.
- Mas eu vou rir de quem?
- De qualquer outra pessoa menos de mim – Brinquei.
Permanecemos ali conversando, aproveitando o tempo juntos e acabamos adormecendo.
Acordei sentindo uma movimentação na cama e abri os olhos devagar, e notei que Liam estava levantando sem fazer barulho e eu acabei rindo.
- Pode fazer barulho eu não me importo – Falei – Só não gostei do frio que me atingiu quando você se “descolou” de mim – Ri.
- Meu celular começou a tocar, por isso estou levantando – Respondeu dando um sorriso – Já volto para te esquentar.
Eu ri novamente, me ajeitei e fechei o os olhos.
Passou alguns minutos e ele voltou.
- Quem era? – Perguntei ainda de olhos fechados.
- O Zayn – Respondeu envolvendo minha cintura com seus braços másculos – Curiosa – Acrescentou.
- Ei eu só queria saber – Retruquei – Você sempre mexe no meu celular e fica me perguntando as mesmas coisas.
- Eu sei – O senti deitar sua cabeça no travesseiro – Agora vamos dormir.
- Gosta de um cochilo de tarde – Sussurrei.
- Gosto sim, ainda mais com a minha namorada – Respondeu no mesmo tom.
Caímos no sono novamente e sinceramente tenho que concordar que tirar um “soninho” como a minha mãe falava, é sempre bom, ainda mais quando você dorme de conchinha com a pessoa amada. Não sei explicar direito, mas é uma das sensações mais gostosas do mundo e se eu pudesse faria isso todos os dias.
 Acordamos e já era final da tarde – em torno de seis e meia - e Liam decidiu que era melhor ir para casa e eu também tinha que organizar algumas coisas, tomar banho, fazer a janta e é claro trocar o pequeno remédio da minha bombinha.
Era tarde quando a minha mãe chegou do trabalho e eu estava esperando ela chegar para podermos jantar. Comemos e logo depois eu subi e era incrível que eu já estava com sono, e minha mãe ficou indignada, porque eu havia dormido praticamente a tarde inteira. Coloquei meu pijama, deitei na minha cama e cai no sono.
Acordei mais cedo do que o normal, na verdade eu estava sem sono. Eram cinco e cinquenta, mandei uma mensagem pro Liam de brincadeira e fui tomar café. Minha mãe há essa hora já se encontrava de pé por causa do trabalho.
- Bom dia filha, caiu da cama?
- Bom dia – Respondi dando um beijo em sua testa – Acho que sim – Ri.
- Vou fazer uma vitamina pra você, e não se esqueça da bombinha.
- Pode deixar – Respondi.
Desde pequena ela me trata assim, para todos os lugares que vou ela me obriga levar a bombinha, às vezes me irrito com isso, mas sei que minha mãe só quer que eu fique bem.
Depois de comer e beber a melhor vitamina do mundo, fui para meu quarto e peguei meu celular, logo vi que ele tinha respondido, parece que alguém caiu da cama também. Ri com esse pensamento.
Olhei para o relógio e ele marcava seis horas em ponto. Eu ainda tinha uma hora pra dormir e como eu estava começando a ficar um pouco lerda e minhas pálpebras estavam pesando eu decidi dormir mais um pouco.
Levantei um pouco sonolenta e vi que eram sete e dez. Droga, tinha dormido demais, fui as pressas pro banheiro, fiz minha higiene, vesti uma legging, uma camiseta e coloquei um tênis. Não peguei a minha mochila, porque hoje começavam as competições. Apenas peguei uma pequena bolsa, coloquei dinheiro para o lanche e meu celular.
Era só eu chegar lá que o sinal bateu. A diretora pediu que todos os alunos fossem para o campo enorme de futebol, ela começou a dar as instruções e cada professor que ficava responsável pelas turmas nos reuniu e formou os grupos. A grande infelicidade foi que eu não pude ficar no mesmo grupo do Liam, eu e ele tentamos trocar com alguém, mas o professor não deixou.
Eu não iria fazer uma atividade muito cansativa, digamos assim, por conta da asma, então apenas iria ajudar nas estratégias e outras coisas. Após muitas atividades e exercícios, todos estavam cansados e finalmente tínhamos um pouco de descanso. Eu não aguentei ficar parada e até participei de alguns exercícios, mas foram poucos e que não cansaram muito.
 Nós estávamos perdendo pro time azul que é o time que o Liam está e a final é uma corrida em volta do campo de futebol e cada integrante de cada grupo vai percorrer esse caminho.
Fiquei o intervalo todo conversando com umas amigas minhas e no finalzinho Liam venho falar comigo.
- Já escolheram a pessoa que vai correr? E que vai perder?
- Sim, e não me diga que te escolheram?
- Digo sim, me escolheram.
- Vão é perder.
- Vamos é ganhar.
O Sinal bateu e eu me despedi com um selinho e fui correndo de encontro ao grupo. Estranhei ao notar que estavam todos discutindo. Resolvi perguntar:
- O que está acontecendo?
- Tom passou mal e foi pra casa.
Tom era o nome do menino que iria correr. Estamos perdidos.
- A prova começa daqui dez minutos, quem é rápido ai? – Perguntei.
Ninguém respondeu, ou seja, ninguém iria correr rápido.
- Droga, eu vou – Me ofereci e o professor que coordenava o grupo me olhou incrédulo.
- Você tem asma, não vai conseguir – Falou.
- Tenho minha bombinha na bolsa, não se preocupa – Respondi.
Amarrei meu cabelo e me posicionei no lugar onde eu ia começar a corrida. Olhei para o lado e vi que Liam estava andando na minha direção.
- Pode voltar pra lá, você não vai correr – Disse.
- Eu estou com a bombinha na minha bolsa, amor, não se preocupa – Respondi.
- (S/N) faz esse favor pra mim, não corra – Segurou minhas mãos – Vai que acontece alguma coisa...
- Vira essa boca pra lá – Falei – Não vai acontecer nada.
No mesmo momento a diretora com um mega fone anunciou que a corrida iria começar. Ele deu um beijo na minha testa e saiu. Alonguei e me posicionei novamente, passaram uns dois minutos até todos os competidores se ajeitarem. Então quando estavam todos prontos o vice-diretor com uma bandeirinha contou até três e todos saíram correndo.
Tentei me concentrar em apenas respirar pelo nariz, tentei ficar calma, mas eu estava ficando sem ar e tive que respirar pela boca, e me arrependi, pois isso só piorava. Eu tentei aguentar mais um pouco, estava quase no final da corrida e também não estava em último lugar.
Minha respiração tava me atrapalhando e eu desacelerei um pouco, e acabei tropeçando, cai de joelhos e naquela parte mesmo minha calça rasgou, na hora do impacto usei minhas mãos para me sustentar e acabei ralando elas também. Estava sem forças para levantar, com falta de ar e meus joelhos e mãos doendo. Avistei o professor vir correndo em minha direção, meus olhos lacrimejaram pela dor que eu tava sentindo e o desespero por não estar conseguindo respirar normalmente.
- Você está bem? Consegue levantar?
Balancei a cabeça para os lados.
- Alguém pega a bombinha dela na bolsa – Gritou.
Senti alguém me levantando, mas não era o professor.
- Vai ficar tudo bem, se acalma, não respire pela boca – Logo reconheci a voz e o abracei.
Eu não conseguia falar e também não queria. Ele me levou até um banco e se sentou e eu ainda estava no colo dele.
De repente me lembrei de uma coisa e entrei em pânico. Minha bombinha, eu esqueci minha bombinha. Troquei de bolsa e a deixei na mochila.
- Liam – Sussurrei.
- O que foi? – Acariciou meu rosto.
- Minha bombinha não está comigo, esqueci na outra mochila – Falei.
Ele suspirou preocupado. Comecei a tossir, típico de quando temos uma crise de asma.
Passou alguns minutos e Liam disse para o professor que eu havia esquecido a minha bombinha, logo ele me levou para a enfermaria para colocar curativos nos meus machucados.
- Consegue caminhar? – A enfermeira me perguntou pela décima vez.
Balancei a cabeça afirmando um “não”.
- Por que não fala? – Me perguntou.
- Não consigo falar normalmente – Sussurrei.
Pela cara que fez, estranhou, e logo disse que iria ligar para a minha mãe. Fiquei esperando e todo esse tempo estava me prejudicando, comecei a tossir muito e minha respiração ficou mais rápida e pesada.
Minha mãe chegou e me olhou preocupada, a enfermeira explicou o que aconteceu e pediu para que me levasse a um médico.
- Sua filha não consegue caminhar direito e falar, suspeito que o caso de asma dela seja um pouco mais grave.
Ela me olhou novamente e eu tentei dizer que estava bem, mas na verdade não estava nada bem.
Depois que a enfermeira do colégio falou com ela, logo me levou ao hospital e Liam foi junto. Assim que chegamos o médico me examinou e constatou que pelo fato de eu não estar tratando corretamente da crise, ela piorou.
- Cada vez que ela estiver com chiado faça nebulização – Pediu e anotou em um papel – E leve em todos os lugares a bombinha, não esqueça ela vai ajudar a estabilizar quando estiver com uma crise.
- Eu não entendo – Disse minha mãe – Quando fomos a outro médico ele só pediu o uso da bombinha e que estava tudo normal.
- O que posso dizer sobre isso é que nem sempre os médicos examinam bem ou fazem o diagnostico certo – Respondeu – E qualquer coisa é só vir de novo.
Fomos embora e minha mãe largou Liam em casa e depois ele viria para dormir lá já que no outro dia não teria aula. Chegamos em casa e eu fui caminhando devagar com ajuda da minha mãe que me sentou no sofá
.
- Eu não tenho o nebulizador, vou comprar ainda hoje, quando o Liam chegar eu sairei – Sentou-se do meu lado e me abraçou – Quantas vezes eu tenho que te falar pra não esquecer da bombinha? Não esquece a cabeça porque esta grudada – Repreendeu.
Fiquei quieta e ela me alcançou a bombinha.  Fiz a inalação e fiquei mais calma.
Passado algumas horas ela me levou para tomar banho, botei meu pijama, de certo quando o Liam chegar ele vai querer deitar, conversa enquanto acaricia meus cabelos e vamos acabar pegando no sono. Assim que ele chegou minha mãe foi às pressas comprar o nebulizador e como eu tinha “previsto” nós subimos pro meu quarto e deitamos.
- Fiquei preocupado (S/N), você é muito teimosa – Falou.
Eu ri baixinho e o selei. Ele pegou minhas duas mãos e beijo uma de cada vez e sorriu.
- Quando casar sara – Sussurrou - Casaria comigo?

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